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domingo, 28 de agosto de 2016

Jornalista Aluísio Brandão lança livro de contos em show no Clube do Choro

Desacontecenças: o fantástico lírico de Aloísio Brandão é lançado em show, no Clube do Choro, no dia 03.09.16.

O Clube do Choro é a próxima parada dos cantores e compositores Aloísio Brandão e Clara Teles.
Eles fazem, no dia 03 de setembro (sábado), a partir das 21 horas, o show de lançamento do livro de contos “Desacontecenças”, de Brandão. Os dois serão acompanhados pelos instrumentistas Luiz Duarte (violão), Daniel Baker (piano), Doni Alcântara (contrabaixo acústico) e Chico Abreu (percussão).

Pai e filha, Aloísio Brandão e Clara Teles trazem um trabalho identificado pelo refinamento de suas composições, a maioria delas, autoral. Dono de uma obra densa, de rica elaboração, com melodias sinuosas e ritmo complexo e pouco convencional, Brandão, que é, também, escritor e jornalista, busca marcar as suas músicas pelos arranjos exuberantes e plenos de detalhes.
Outro aspecto relevante são as suas letras, identificadas por sua poesia madura e inquietante.
Tanto que as letras do compositor são faladas em recitais de poesia.
No show do sábado (03.09.16), Brandão (voz e violão) levará ao palco composições autorais. Algumas são parcerias com a filha Clara Telles, Luli & Lucina, Tom Tavares, Vicente Sá, Climério Ferreira, Flávio Faria, Afonso Gadelha, Ivan Braga e Sérgio Duboc.

Considerada uma das revelações da música brasiliense, Clara Telles foi buscar em Ella Fitzgerald pérolas para o seu repertório.
A jovem cantora, que venceu o prêmio da “TV Globo” de melhor intérprete do Guns N’ Roses, também, garimpou no Jazz contemporâneo algumas obras para a apresentação, no Clube do Choro, a exemplo de “That man”, da holandesa Caro Emerald. Clara apresenta, ainda, obras autorais, como “Cicatriz”, de Caetano Veloso (“A Bossa Nova é foda” e “Abraçaço”) e de Luli e Lucina (“Coração aprisionado”).
O show conta com a participação do compositor e jornalista Gadelha Neto, que apresentará textos curtos de Brandão, escritos para o espetáculo.
Os ingressos custam R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia) e podem ser vendidos antecipadamente na bilheteria do Clube do Choro ou clicando aqui.
 Não recomendado para menores de 14 anos.

O LIVRO

“Desacontecenças” sai pela Editora Penalux, de São Paulo, e reúne 20 contos longos pertencentes ao gênero realismo fantástico.
Os textos falam de pessoas e fatos que aconteceram, ou não, e que, de acordo com o autor, só puderam ser vistos com olhos de ver o invisível. “A cidade existe mesmo que não existisse, e é um estuário de um fantástico vivo que está no dia-a-dia das pessoas”, explica.
A cidade a que se refere é a sua pequena Santana dos Brejos, localizada, no Oeste da Bahia, na bacia do Rio Corrente.

Aloísio Brandão, sempre, teve um olhar atento às coisas miúdas, às pessoas que foram ficando encantadas, aos fatos que não ocorreram.
Ele deu a tudo isto uma dimensão sobre-humana, reconstruiu tramas e espacialidade e desconectou o tempo da cronologia.
Acabou trazendo um buquê de histórias fantásticas para dentro do seu livro prenhe de literatura.

Esse verdadeiro laboratório do fantástico ajudou Brandão a parir personagens, como Álvaro, um rapaz que leva uma vida normal e pacata, no sertão. Mas algo o faz diferente: o seu coração parou de bater, há muitos meses; ele levitava e o seu rosto deu para aparecer em quadros das casas da cidade. “O rosto de Álvaro” é um dos contos que integram o livro.

“A loja de memórias” é outro texto encantador e terno. O conto fala de Seu Vivaldo, que herdou do pai uma próspera loja de tecidos, dos anos 50 a 70, até que a chegada das roupas prontas e baratas levou o estabelecimento à falência e fechou as alfaiatarias.
Hoje, a loja não passa de prateleiras completamente vazias. Mas Seu Vivaldo, bem vestido e perfumado, continua abrindo o estabelecimento, invariavelmente, às 8 horas, e fechando, às 18 horas, e as pessoas não deixaram de ir à loja para comprar.
O que, se nada mais há, ali, para vender? Incansável, o homem, agora, já não tem pressa de fazer girar o seu capital, não tem medo de uma nova onda fabril soterrar as suas mercadorias, nem de o tempo envelhecê-las, ou tirá-las da moda. As suas mercadorias ficaram encantadas como Seu Vivaldo e já não gritam mais por tesouras, agulhas e dinheiro.
Não são tementes ao tempo, porque este já não existe mais, ali. Seu Vivaldo, agora, vende memórias.

Já em “O endireitador de sonhos”, Brandão traz a instigante história do Velho Carmelo, um homem rude que se especializou em enxergar os sonhos das pessoas.
Quando eram ruins e recorrentes, tipo pesadelos, o Velho Carmelo os endireitava e os devolvia como sonhos bons e prontos para serem sonhados.
O endireitador sabia, também, arrancar de dentro dos sonhos coisas materiais que atormentavam os sonhadores, e as consertava.

ILHA CULTURAL

 “Desacontecenças” apresenta a cidade como uma ilha cultural regida por outra noção de tempo, espaço e existência, e que continua alimentando a memória amorosa do autor. “Para textualizar a memória amorosa, Aloísio Brandão mobiliza o seu amor estético, transmitido não apenas com recordação, mas como realidade viva”, explica, no texto da orelha do livro, João Vianney Cavalcanti Nuto, doutor em Letras pela USP (Universidade de São Paulo) e professor de Teoria da Literatura da UnB (Universidade de Brasília).

O poeta e jornalista brasiliense Vicente Sá, que assina a apresentação de “Desacontecenças”, observa que a literatura sertaneja nordestina – tanto a oral, como a escrita e musical -, sempre, foi puxada para o fantástico. “É, aí, em que Aloísio Brandão apresenta-se como uma nova janela literária”, acrescenta o poeta. Ele destaca que o que o diferencial dos contos de Brandão é o texto pleno de literatura que dialoga com a poesia. E arremata: “Desacontecenças’ é de um fantástico lírico suave e sem horrores”.

Para a cantora e compositora Luli, parceira de música de Aloísio Brandão e que formou com Lucina uma dupla bem-sucedida, que assina pérolas da MPB, a exemplo de “Bandolero”, sucesso na voz de Ney Matogrosso, o autor de “Desacontecenças” escreve e compõe “como quem tece uma renda barroca”.

SOBRE O AUTOR

 As lembranças mais remotas que Aloísio Brandão tem de si são do seu envolvimento precoce com o que ele denomina de pré-poesia e com a música.
Arriscava versos, menino, ainda. Passou a infância e adolescência, em Santana dos Brejos, ouvindo histórias surreais dos mais velhos e, desde então, intuía que a palavra seria definitiva em sua vida.
É formado em Jornalismo e mora, há 36 anos, em Brasília, onde atua como jornalista profissional. Este é o seu livro de estreia no conto.

sábado, 27 de agosto de 2016

Janot pede fim de concessões de rádio e TV a políticos

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual afirma que políticos não podem ter participação, mesmo que indireta, em empresas de radiodifusão. Segundo Janot, essa participação confere poder de influência indevida sobre a imprensa, relacionado à divulgação de informações ao eleitorado e à fiscalização de atos do poder público. 
O posicionamento foi feito na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 379.
O PGR manifestou-se ainda pela concessão da cautelar, já que há realização periódica de eleições no país, "com sucessiva renovação do quadro de lesão a preceitos fundamentais".

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Comissão do Senado aprova isenções para equipamentos de imagem

Os equipamentos e materiais importados para uso exclusivo no exercício das profissões de repórter fotográfico e cinematográfico e de outros operadores de máquinas fotográficas e câmeras poderão ser isentos de impostos federais. É o que estabelece o Projeto de Lei (PLC) 141/2015, já aprovado na Camara dos Deputados e agora, dia 24/8, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal. A matéria agora segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e posterior análise pelo Plenário.
Pelo projeto, a isenção alcança o Imposto de Importação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e também as contribuições PIS/Pasep e Cofins. As isenções somente serão concedidas aos equipamentos e materiais que não possuam similar nacional, ou seja, com fábricas brasileiras, e pelo prazo de cinco anos, a partir da publicação da lei.
Haverá também uma série de exigências para conseguir o benefício, como a comprovação do exercício da profissão, a declaração de falta de equipamento similar no mercado nacional e a obrigação de permanecer pelo menos dois anos com o equipamento. O benefício só será concedido nas compras de até R$ 50 mil.
Na Cas, avaliou-se que a variação cambial, agregada a uma alegada defasagem técnica da indústria nacional, poderá gerar um fosso tecnológico e uma perda de competitividade, o que não é bom para o país.
A aprovação contou com o apoio da Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc-DF), do Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor) e do Sindicato dos Jornalistas do DF (SJP-DF).

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Jornalista lança Making Of, romance sobre os altos e baixos da vida na visão feminina

Em Making Of, a jornalista Leda Flora não precisou recorrer a clichês para explorar as transformações que colocaram em cena uma nova mulher e novos padrões de feminilidade. Nas reflexões da personagem principal – uma jornalista que aceita a tarefa de escrever a biografia de uma até então estranha e linda mulher – as atitudes e reações sobre temas como o amor, sexualidade, prazer e moralidade se mesclam com doses sutis de humor que não chegam a ser sarcásticos. Antes, são reveladoras, e os homens talvez se surpreendam com o que elas pensam deles.
Making Of  conta com edição de outro jornalista, Bartolomeu Rodrigues, o Bartô. Para ele, Leda Flora, jornalista, se reinventa como romancista e oferece uma obra instigante, que se de um lado se presta a discutir os altos e baixos da vida na visão feminina, de outro pode ajudar aos homens decifrar melhor as mulheres. "Não por menos, autora e personagem nos adverte numa das páginas: a gente precisa se abrir e correr do medo”.
Além de compartilharmos dessa intimidade, temos ainda um olhar sobre Brasília, com referências a árvores, quadras, comidas e rápidas viagens ao cenário rural de Pirenópolis, que soam tão familiar ao dia a dia de quem vive na capital do país. Na simplicidade e beleza das palavras, Leda mostra como, na vida, somos imperfeitos e contraditórios, mas podemos ser perdoados se soubermos olhar adiante e conviver com a ideia de pertencermos todos ao gênero humano. 

Quem é Leda Flora

Uma das mais brilhantes jornalistas de sua geração, Leda Flora é natural do Rio de Janeiro, mas adotou Brasília como sua cidade desde 1961. Formada pela Universidade de Brasília (UnB), fez parte da equipe pioneira da revista Veja na cidade, dirigida pelo memorável Pompeu de Sousa. Trabalhou também como repórter de O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. 
Como repórter credenciada para cobrir o Congresso Nacional foi uma das líderes dos movimentos em defesa dos direitos da mulher jornalista, inclusive na abolição da proibição de que as profissionais vestissem calças compridas.
Foi também professora de jardim de infância e de ritos tibetanos, uma ginástica pouco conhecida que ajuda a desenvolver os campos energéticos que regulam as funções do corpo. 
É autora do livro O Homem na Hora H – 50 histórias do macho quando fracassa, editado pela L&PM (1995), e do conto infantil O Jardim de Catalinda (2016).

Serviço:
Lançamento de Making OfI: dia 22/8, a partir de 19 horas.Local: Carpe Diem (104 Sul) -Brasília.