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terça-feira, 25 de maio de 2010

Brasil pode crescer como pólo de offshore de TI

Por Rodrigo Afonso, da Computerworld

Mão-de-obra e infraestrutura barata devem fazer com que o País receba investimentos e ganhe destaque global em serviços de computação em nuvem.

A reorganização das infraestuturas tecnológicas, com o fortalecimento do conceito de cloud computing, e da economia mundial pode fazer com que novos países se destaquem na área de serviços de tecnologia. E, neste contexto, o Brasil tem uma grande oportunidade de crescer, de acordo com o vice-presidente de pesquisas da consultoria Gartner, Daryl Plumer.
Segundo ele, a recuperação rápida da economia brasileira e a oferta de mão-de-obra qualificada e barata pode colocar o País em uma posição central no que diz respeito ao fornecimento de serviços de TI. “O Brasil está entrando na lista de opções de sourcing e na lista dos principais players que procuram países para montar sua infraestrutura”, aposta.
Os principais concorrentes do Brasil continuarão sendo, principalmente, as nações asiáticas, mas, segundo Plumer, a Índia já perdeu posições na lista de fontes preferenciais de sourcing. “Os custos naquele país estão subindo, o que dá mais espaço para o crescimento do Brasil”, completa.
Um dos pontos fracos apontados pelo consultor no País é a falta de domínio do idioma inglês. Plumer, no entanto, acredita que o Brasil vá superar essa questão.
Um levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), realizado pela consultoria A.T. Kearney e divulgado em abril de 2009, mostra que o Brasil é o quinto destino global para offshore.
A análise aponta que o País tem qualificação para competir com outros países emergentes por uma fatia maior dos recursos destinados a offshore outsourcing - um mercado que deverá atingir 101 bilhões de dólares em 2010. De acordo com a consultoria, o Brasil poderia ficar com metade desta soma. No entanto, para se posicionar como um dos três principais players globais, o Brasil precisa voltar os olhos para a questão tributária.
Segundo a Brasscom, em 2009, o Brasil exportou 3 bilhões de dólares em software e serviços de TI - valor 36% superior ao verificado no ano anterior. A estimativa para 2010 é de 3,5 bilhões de dólares em negócios no exterior. Para 2011, a expectativa é que as exportações de software e serviços somem 5 bilhões de dólares, segundo a Brasscom.

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